Já imaginou chegar ao trabalho em uma manhã comum e encontrar tudo parado? Os e-mails não funcionam, o sistema financeiro travou, clientes ligando sem resposta. Talvez isso nunca tenha acontecido deste jeito extremo na sua empresa, mas a verdade é que quase todos já viveram algum tipo de indisponibilidade de TI. Eu mesmo presenciei situações em que, por minutos, o pânico foi geral – e, por sorte, os danos não foram irreversíveis. Esse medo revela uma grande verdade:
Quando a TI para, o negócio para junto.
Venho afirmando isso com frequência porque as empresas, pequenas ou grandes, dependem cada vez mais do funcionamento constante dos sistemas, aplicações e dados. A pergunta não é se falhas, ataques ou acidentes vão ocorrer, mas quando. A diferença entre sobreviver e afundar está no preparo. É aí que entra a recuperação de desastres, ou, como muitos chamam, disaster recovery.
Nas minhas consultorias e vivências em empresas do mais variados setores, percebo que muitos ainda confundem backup com planos de recuperação. Disaster recovery é um conjunto de estratégias e procedimentos que permite restaurar sistemas, dados e operações tecnológicas após incidentes críticos, minimizando o tempo de parada e o impacto nos negócios.
Segundo um da TIinside, falhas de TI impactam diretamente vendas, clientes e custos, sendo que áreas como cadeia de suprimentos, produção, financeiro e serviços são as mais vulneráveis. Eu sempre insisto que qualquer empresa conectada, ainda que parcialmente digitalizada, está exposta a:
Na Suporti, vejo diariamente clientes preocupados não apenas com o prejuízo financeiro, mas também com a reputação. Retomar operações rapidamente é questão de sobrevivência e de confiança diante do mercado.
Prejuízos invisíveis: tempo perdido, imagem arranhada, clientes insegurosParticipando de projetos e vivenciando pequenos e grandes desastres digitais, aprendi que os danos raramente param nos custos visíveis. Quando sistemas caem, todo um efeito cascata é desencadeado:
A pesquisa Quality Transformation Report 2025 revelou que metade das empresas brasileiras já perdeu até US$ 5 milhões por falhas em software ou indisponibilidades. No ramo financeiro, isso chega a 54%. Quando um fornecedor ou parceiro de negócio sente que sua empresa não é confiável, o estrago na reputação pode superar qualquer valor em reais ou dólares.
É importante lembrar: nem sempre os desastres são sensacionais ou dignos de manchetes; pequenas falhas recorrentes minam silenciosamente o crescimento do negócio.
Quando sou chamado para ajudar empresas a se prepararem, sempre insisto que não existem fórmulas prontas, mas existem etapas básicas que dão certo. O segredo é personalizar de acordo com o que realmente sustenta seu negócio. Vou detalhar de maneira prática o que recomendo:
Antes de definir qualquer estratégia, preciso entender os riscos reais do ambiente. Isso envolve:
Já vi empresas ignorando sistemas “menores”, só para perceber que o chão de fábrica depende daquele ERP quase esquecido.
Dois termos aparecem muito e fazem toda diferença:
Essas respostas vão direcionar todo o investimento em tecnologia, processos e treinamentos. Não são números aleatórios, precisam vir de conversa aberta entre gestores de TI, áreas afetadas e liderança.
3. Identificando o que é realmente críticoUma das piores escolhas é tratar tudo com a mesma urgência. Em minhas experiências, separar aplicações, dados e servidores conforme a criticidade traz clareza e prioriza esforços:
Esse exercício revela caminhos para segmentar soluções, inclusive investimentos. Aplicações que gerenciam pagamentos talvez precisem de monitoramento duplicado, enquanto sistemas de gestão documental têm tolerância maior a falhas.
De nada adianta boas intenções sem plano prático. O passo a passo para respondentes e responsáveis deve ser acessível, testado e atualizado.
Isso inclui:
Frequentemente, sou questionado sobre a diferença entre backup e disaster recovery. É simples:
Backup é uma cópia de segurança. Disaster recovery é a estratégia para voltar ao ar no menor tempo possível.
Entre as alternativas para garantir a continuidade, destaco:
Muitas empresas tratam backup diário como o suficiente, mas, sinceramente, ter um backup não garante a retomada rápida das operações depois de um desastre. Eu sempre faço um paralelo: o backup é o colete salva-vidas; o plano de recuperação de desastres é o bote salva-vidas e o mapa de como chegar à costa.
Entre as principais diferenças:
Na Suporti, gosto de mostrar as alternativas considerando orçamento, estrutura e prioridade. Não existe solução única, mas tecnologias e metodologias se ajustam a diferentes cenários:
Testes, atualização e monitoramento: o ciclo nunca terminaNo início da minha carreira, pensava que montar o plano de disaster recovery era a etapa mais difícil. Com o tempo, descobri que o maior desafio é mantê-lo vivo, atualizado e testado. Testar regularmente os processos, conferir se realmente os backups são restauráveis e se as pessoas sabem o que fazer vale mais do que a complexidade do documento.
Nunca é demais lembrar que:
Um plano esquecido numa gaveta digital não serve para nada. O ideal é definir datas para simulações e revisões: no mínimo, duas vezes ao ano.
Em situação de crise, o preparo psicológico e o conhecimento do roteiro de ação fazem diferença. Eu já vi um analista de TI evitar um desastre maior porque sabia, exatamente, quem avisar e o que priorizar. Por isso, costumo dizer nas reuniões.
Vale investir em simulações, checagem de acessos, atualizações de lista de responsáveis e comunicação aberta. O estresse na hora H exige que nenhum passo dependa apenas da memória individual.
Além dos riscos puramente operacionais, as empresas brasileiras devem prestar bastante atenção às questões legais. Ter um plano de recuperação de desastres é exigido por muitas regulamentações, incluindo a LGPD.
A Lei Geral de Proteção de Dados obriga empresas a manter métodos de restauração de informações e continuidade do processamento de dados pessoais em caso de incidentes. O descumprimento pode gerar multas pesadas e danos à marca quase irreversíveis.
Por isso, no planejamento, é preciso incluir:
Quem atua com dados financeiros, médicos ou de crianças deve redobrar o controle – essas áreas costumam ser as primeiras a sofrer penalidades.
Especialistas ao seu lado: como a Suporti cria planos reais, não só teóricosAo longo das duas últimas décadas, percebi que muitos planejamentos de disaster recovery falham porque são tratados como burocracia – um documento pronto “para inglês ver”. O que eu e o time da Suporti propomos é diferente: construímos junto com o cliente, identificando não apenas o que pode quebrar, mas também o que precisa de respostas rápidas para manter a empresa funcionando.
Incluímos testes reais, orientamos os gestores e as equipes sobre processos, trabalhamos com redundância de ambientes (local e nuvem), alinhamos políticas com a LGPD e outras normas. Priorizamos o que faz o negócio girar, porque sabemos que cada cliente tem cenário e orçamento diferentes. Não há espaço para soluções superficiais ou promessas exageradas: DR é coisa séria.
Se sua empresa quer parar de remediar falhas e começar a prevenir, nossos serviços de segurança e continuidade são adaptados a cada realidade, focando sempre em resultados concretos e mensuráveis.
Depois de tantos anos vivenciando o caos que indisponibilidades e falhas trazem, posso afirmar sem medo: um plano de disaster recovery não é luxo nem gasto desnecessário. É a garantia de que, quando tudo der errado, sua empresa estará pronta para reagir de forma organizada, rápida e transparente tanto para a equipe interna quanto para seus clientes.
Sei que a jornada para implementar, testar e revisar todas essas etapas não é simples, mas ela começa com um diagnóstico honesto. Agende uma conversa com a Suporti e descubra nossas soluções em segurança, backup, recuperação e continuidade, totalmente adaptadas ao perfil e ao porte de sua empresa. Não espere o próximo susto para agir – é nesse preparo que você constrói um diferencial competitivo que dificilmente sua concorrência terá.
Um plano de disaster recovery é um conjunto estruturado de procedimentos, ferramentas e políticas criado para restaurar sistemas, dados e operações tecnológicas de uma empresa após falhas graves, ataques cibernéticos ou desastres naturais. Ele estabelece como agir para minimizar o tempo de indisponibilidade, limita perdas e garante que os processos críticos voltem a funcionar rapidamente, protegendo o negócio e sua reputação.
Em minha experiência, montar um bom plano envolve, basicamente: mapear todos os riscos de paradas (internos e externos), definir objetivamente o tempo e o ponto de recuperação aceitáveis (RTO/RPO), listar sistemas e processos críticos, criar procedimentos práticos e sequenciais para retomada, documentar responsabilidades, testar regularmente os cenários e treinar os colaboradores. Atualização constante é parte do processo, não um detalhe. Envolver diferentes áreas do negócio ajuda a personalizar o plano e garantir que nenhum ponto importante será esquecido.
Os principais benefícios incluem garantir a continuidade do negócio, reduzir ao máximo prejuízos financeiros, preservar a confiança dos clientes e do mercado, atender requisitos legais e de conformidade (como a LGPD), além de proteger o patrimônio digital da empresa contra perdas irreversíveis. Também melhora a imagem organizacional, mostrando preparo e responsabilidade diante de clientes e parceiros. E há o benefício interno: menos improviso e estresse nas crises, mais segurança nas decisões.
O custo varia conforme o porte, complexidade e criticidade dos sistemas da empresa. Pode envolver investimentos em infraestruturas de backup, nuvem, automação, contratação de serviços especializados e treinamento de pessoal. Na prática, o valor investido quase sempre é menor do que as perdas causadas por um único incidente de indisponibilidade, considerando estudos do mercado brasileiro. O ideal é construir o plano gradualmente, priorizando os ativos que sustentam receitas e reputação.
Sempre que houver alterações significativas nos sistemas, processos ou estrutura organizacional, é momento de revisar o plano. Minha recomendação é realizar revisões e testes completos, no mínimo, a cada seis meses. Grandes movimentações de equipe, lançamento de sistemas ou mudanças regulatórias (como novas exigências da LGPD) também exigem atualização imediata. Um plano parado no tempo pode se tornar inútil quando mais for necessário.