Ao acompanhar a rotina de diversas pequenas e médias empresas ao longo dos anos, percebo que segurança da informação ainda é, para muitos gestores, um tema nebuloso. Em empresas desse porte, lidar com tecnologia acaba sendo um desafio quase cotidiano, ainda mais com orçamentos enxutos e equipes reduzidas. No entanto, tenho visto que ignorar riscos pode sair caro: dados recentes apontam que 62% dos ataques cibernéticos são direcionados a PMEs (IBM Security). Mas, quais são as ameaças mais comuns e, principalmente, o que pode ser feito para prevenir grandes dores de cabeça?
Os 5 vilões mais comuns em pequenas e médias empresasVeja as principais ameaças que vem causando transtornos e prejuízos em PMEs:
Os ataques de phishing são, hoje, a principal forma de golpe em empresas. Segundo dados da Check Point Software, 90% dos ataques começam por e-mail, induzindo o usuário ao clique. Em minha experiência, é impressionante como pequenas distrações bastam para que colaboradores cliquem em mensagens falsas, normalmente prometendo vantagens ou simulando urgências do cotidiano.
Costumo sugerir práticas que, apesar de simples, fazem muita diferença:
Quando a equipe está bem treinada, percebi que a ocorrência de incidentes cai drasticamente. Não é exagero: boa parte da segurança começa pela conscientização.
Algo que raramente vejo ser debatido em profundidade nas PMEs é o risco do acesso não autorizado a sistemas sem autenticação multifator. Documentos fiscais, por exemplo, carregam informações valiosas, como dados de clientes e parceiros. Uma falha aqui pode gerar sérios problemas financeiros e reputacionais.
A Microsoft afirma que quase todos os ataques automatizados podem ser evitados com o uso do MFA. São números que costumo repetir em reuniões com meus clientes.
“Sem autenticação multifator, o perigo dobra.”
Além de ativar o MFA em todos os sistemas sensíveis, vale engajar os funcionários com treinamentos rápidos sobre a importância desse método. Costumo mostrar que muitos vazamentos ocorrem simplesmente porque alguém reutilizou uma senha em vários lugares ou esqueceu de ativar o MFA ao cadastrar um novo sistema.
Se teve uma coisa que marcou minha rotina atendendo empresas, foi ouvir repetidas vezes: “Aqui usamos senhas bem simples, mas ninguém iria querer hackear a gente”. Ledo engano. Segundo pesquisa da NordPass, senhas fracas e antigas como “123456” ainda figuram entre as mais usadas em todo o mundo. Na prática, bancos de dados com milhões de senhas comprometidas podem ser comprados ilegalmente, facilitando o acesso não autorizado a contas empresariais.
Para mitigar o risco, recomendo que organizações implementem:
Sei que, no começo, a adaptação pode ser trabalhosa, mas o alívio de não correr riscos sérios supera qualquer desconforto temporário.
Nem todos os riscos vêm de fora. Muitos dos incidentes sérios de segurança que acompanhei começaram com algo pequeno: alguém apagou um arquivo importante sem querer, ou um usuário foi removido do sistema. Em pequenas organizações, especialmente sem TI estruturada, falhas assim são ainda mais comuns.
Estudo da Veeam revelou que 95% das empresas brasileiras não realizam backups de maneira correta. Isso significa que, muitas vezes, ao tentar restaurar um documento vital, ele simplesmente se perdeu para sempre.
Minhas recomendações neste caso:
Soluções como as oferecidas pela Suporti, que incluem segurança e backup em nuvem, ajudam a minimizar erros operacionais e prevenir prejuízos inesperados.
Engenharia social: manipulação além da tecnologiaEngenharia social vai além de e-mails falsos. Já vi casos em que golpistas, se passando por fornecedores ou superiores, conseguiram enganar colaboradores apenas com boas histórias e técnicas de manipulação. No dia a dia, exigem decisões rápidas e abusam da confiança ou do medo.
Segundo dados do FBI, só em 2023, ataques baseados em engenharia social causaram perdas superiores a US$ 2,7 bilhões. Isso ilustra o poder devastador de golpes que nem precisam de código ou vírus, apenas influência psicológica.
Os métodos mais comuns incluem:
Por isso, insisto em práticas como:
Dados de estudo da UFMS mostram que muitas PMEs ainda não seguem boas práticas mínimas de proteção. E, na vida real, isso aparece nos incidentes que coleto toda semana. Mas se há algo que percebi ao longo dos anos é que segurança não é só tecnologia, é estratégia de negócios.
Políticas claras, processos de melhoria contínua e ajuda especializada fazem diferença. Empresas como a Suporti têm soluções sob medida para ajudar organizações a estruturar, treinar e proteger seu ambiente digital, seja com serviços de segurança customizados, seja com consultoria e projetos direcionados.
Por fim, recomendo olhar para segurança como uma responsabilidade compartilhada, planejando tanto a prevenção quanto a resposta, caso algo fuja do esperado. Afinal, como gestor ou responsável de TI, cuidar da TI é cuidar do futuro do negócio.
Investir em segurança da informação não é só proteger sistemas, mas garantir a confiança do cliente, a continuidade das operações e a tranquilidade de todos. Não existe solução mágica, mas atitudes simples, treinamentos constantes e o uso de tecnologia adequada fazem toda a diferença. Se você deseja que sua empresa assuma uma postura de prevenção e crescimento sustentável, recomendo conhecer as soluções da Suporti para modernizar e fortalecer a segurança da sua TI. O futuro pede não só reação, mas antecipação.
Uma ameaça de segurança da informação é qualquer ação ou situação que possa comprometer a confidencialidade, integridade ou disponibilidade dos dados de uma empresa. Pode ser causada tanto por fatores internos, como erros de funcionários, quanto por ataques de criminosos digitais usando técnicas como phishing, malware ou roubo de dados.
Entre as principais ameaças, destaco o phishing por email, vazamento de dados pela ausência de autenticação multifator, uso de senhas fracas ou vazadas, exclusão acidental de arquivos e ataques de engenharia social. Essas ameaças são bastante comuns porque PMEs, em geral, têm menos recursos dedicados à segurança e políticas menos rigorosas.
Em minha experiência, evitar ataques começa por treinar a equipe, implementar boas ferramentas de proteção, usar autenticação multifator, aplicar políticas de senha seguras, fazer backup regular e investir em soluções confiáveis. Além disso, manter-se atualizado sobre práticas e ameaças emergentes é fundamental para reagir rápido às mudanças do cenário digital.
Sim, investir em segurança reduz riscos, protege o patrimônio digital e aumenta a confiança dos clientes. Além disso, o custo de um incidente de segurança costuma ser muito maior do que o investimento preventivo. A tranquilidade e a continuidade do negócio também agradecem.
Ferramentas como gerenciadores de senha, sistemas de backup automatizado, filtros de e-mail, firewalls e autenticação multifator são grandes aliados. Procure também consultorias especializadas, como a Suporti, que pode indicar e implementar soluções alinhadas com a realidade da sua empresa.